‘Lanche Kids’ revela o perfil dos alimentos consumidos pelas crianças em João Pessoa

Biscoitos recheados, salgadinhos e iogurtes lideram a lista, que traz alerta aos pais 

O Procon-PB, por meio do Setor de Pesquisa e Estatística, divulgou recente levantamento de preços dos lanches mais consumidos pelas crianças na capital paraibana. Intitulado ‘Lanche Kids’, o documento conta com 142 itens pesquisados. Biscoitos doces recheados, cookies, salgadinhos, iogurtes e leites fermentados lideram o ranking. 

Alimentos facilmente encontrados em supermercados, padarias e lojas de conveniência. O problema é que produtos como esses, que tanto atraem os olhares das crianças, praticamente não têm valor nutricional e ainda contribuem para a obesidade infantil. 

De acordo com o Ministério da Saúde, no país, a estimativa é de que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso e 3,1 milhões já tenham evoluído para a obesidade. A doença afeta 13,2% das crianças entre cinco e nove anos acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nessa faixa-etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no futuro. 

Entre os menores de cinco anos, o índice de sobrepeso é de 14,8%, sendo 7% já apresentando obesidade. Os dados são de 2019, última pesquisa antes da pandemia. 

A participação dos pais e da escola  

Atividade física, acompanhamento nutricional e o apoio dos pais e das escolas são fundamentais para a prevenção contra a obesidade infantil. A nutricionista Marina Bertato, responsável pelos cardápios do Colégio Vila, explica que a pesquisa do Procon-PB é um reflexo de muitos pais e responsáveis, que ainda não priorizam a qualidade da alimentação da criança, talvez pelas demandas do dia a dia ou pela falta de conhecimento. No entanto, há uma outra parcela que demonstra grande preocupação e que conta com o apoio do colégio nesse processo alimentar. 

“Sabendo que a formação do hábito alimentar se dá na infância, é importante escolher bem os alimentos que os alunos irão consumir. As crianças precisam não apenas comer, mas escolher bem os alimentos para crescer e se devolver com saúde. Assim, o Colégio Vila, desenvolve uma proposta de alimentação e cantina saudável na tentativa de oferecer opções para uma nutrição adequada”.

Para os pais que não têm tempo para organização da lancheira, a escola oferece todas as refeições durante a permanência do aluno: lanches, almoço e jantar. Refeições preparadas na cozinha do próprio colégio, com acompanhamento diário da equipe de nutrição. “Pensando nesse cuidado, alguns alimentos não são comercializados na cantina, tais como: refrigerantes, balas, pirulitos, chicletes, chocolates, frituras, salgadinhos de pacote, biscoitos simples ou recheados. 

E para driblar as “besteiras” que as crianças tanto gostam, foi implementado o Projeto Vila Saudável. Um trabalho de educação nutricional realizado em sala de aula para alunos da Educação Infantil até o 5º ano do fundamental. “O objetivo é levar conhecimento aos alunos e suas famílias sobre a importância dos hábitos alimentares saudáveis, dentro e fora do ambiente escolar. Sempre com a intenção de motivar e incentivar a adoção de uma alimentação saudável, que inclui o consumo de alimentos in natura, vegetais e frutas; evitando açúcares até os dois anos de idade e após esse período o consumo com muita moderação ”, explica Marina. 

A nutricionista ainda reforça que os alimentos ultraprocessados, fast-food e snacks não saudáveis também devem ser evitados, a fim de consolidar o hábito alimentar. “Uma criança exposta a alimentos ultraprocessados, excesso de açúcar e gordura, e fast-food na infância, apresenta maior dificuldade em mudar seu hábito na fase da adolescência e, principalmente, na fase adulta. Além disso, fica o alerta para o surgimento de doenças como a obesidade infantil, diabetes, hipertensão etc”, esclarece. 

Quando a criança não aceita alimentos saudáveis 

A nutricionista explica que mesmo que o aluno precise mudar completamente os hábitos alimentares, é possível conseguir através de um ambiente inspirador, em que a família é o principal exemplo dentro de casa. Assim, a criança ou adolescente pode reaprender novas práticas alimentares e construir um padrão de alimentação bem diferente ao que foi exposto até então. “Acredito que com determinação, força de vontade e, principalmente, bons exemplos próximos a eles, esse novo hábito alimentar será construído e solidificado dentro do contexto familiar e escolar”.

Para complementar a atividade de educação nutricional, Marina realiza palestras educativas e dinâmicas em sala de aula, incluídos no Planejamento Pedagógico realizado por professores. “Outro diferencial do Vila é o acompanhamento de alunos com seletividade alimentar, alergias alimentares, dificuldades durante o período de adaptação na escola e resistência na aceitação do cardápio. Temos experiência nesses casos e conseguimos realizar boas adaptações”.

Reportagem: Taynara Aires

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